O homem das fotografias se chama Imad, imigrante Egípcio de 54 anos e catador de lixo faz 12 anos. Emigrou a Portugal no começo da década de 2000. Imad já foi dono de um café e padaria, porém com a crise econômica de 2008 se viu obrigado a fechar o seu negócio e foi à falência. Desde então se dedica a recolher lixo para vender ao ferro velho e também para ajudar aos seus vizinhos com coisas que encontra em bom estado. Em conversa com Imad ele me contou que vive em comunidade com os seus amigos e vizinhos, em uma casa onde vivem mais dois inquilinos, sendo alguns destes vizinhos também catadores. Imad costuma trabalhar de 4 a 5 horas por dia na rua, em média 5 dias por semana. Faça chuva, frio ou sol, Imad não deixa de trabalhar. Geralmente vende quilos de material por alguns cêntimos. 

No decorrer de um diálogo lento e descontraído, enquanto o acompanhava no seu trajeto diário, perguntei qual era a coisa mais valiosa que ele já havia encontrado no lixo. Com um sorriso respondeu: “Para mim tudo o que encontro é valioso, pois é com isto que eu vivo”.
Afinal é lixo ou luxo?


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